Conheça os Fellows de 2021: Desigualdade e Covid-19 no Brasil, Venezuela e Colômbia

O Dart Center for Journalism and Trauma tem o prazer de anunciar os destinatários de sua fellowship de estudos e reportagem sobre a primeira infância para jornalistas sediados no Brasil, Venezuela e Colômbia.

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O Dart Center for Journalism and Trauma tem o prazer de anunciar os destinatários de sua fellowship de estudos e reportagem sobre a primeira infância para jornalistas sediados no Brasil, Venezuela e Colômbia. O programa apoiará doze jornalistas que desenvolverão projetos sobre os efeitos da pandemia do coronavírus no crescimento, desenvolvimento e bem-estar de crianças pequenas.

Os fellows examinarão os efeitos do Covid-19 na educação indígena, acesso aos alimentos e bem-estar mental em crianças pequenas, entre outras questões.

A bolsa, que vai de março a agosto de 2021, é dirigida por Fábio Takahashi e apoiada pelas mentoras Mariana Kotscho e Daniela Tófoli.

Este programa foi possível graças a generosas doações da Bernard van Leer Foundation (Holanda), the Jacobs Foundation (Suíça), the Maria Cecilia Souto Vidigal Foundation (Brasil), and The Two Lilies Fund (Estados Unidos).

“Na Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, acreditamos na importância da informação qualificada e que possa sensibilizar sobre o desenvolvimento nos primeiros anos de vida. E acreditamos no papel fundamental do jornalista para levar a essa informação, apurada, aprofundada para toda a sociedade. Especialmente neste contexto desafiador da pandemia, temos certeza que os encontros e mentorias irão trazer novos olhares, discussões e pautas sobre os principais temas relacionados aos seis primeiros anos de vida. Que seja uma oportunidade de grandes aprendizados e trocas, aproveitando também o intercâmbio entre jornalistas de diferentes regiões do Brasil e da América do Sul.”

Liderança


A fellowship será dirigida por Fábio Takahashi, editor da equipe de jornalismo de dados da Folha de S. Paulo e também coordenador-geral do podcast Folha na Sala, voltado para professores. Takahashi atuou como repórter de educação no mesmo veículo entre 2003 e 2016. Na Folha, integrou a equipe que criou o RUF (Ranking Universitário Folha) e foi editor do programa de trainee do jornal. Foi Spencer fellow 2016-2017, programa de jornalismo de educação na Universidade Colúmbia (EUA). É fundador e atual presidente da Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação), criada em 2016. Foi o primeiro jornalista a cursar o Programa de Liderança Executiva em Desenvolvimento da Primeira Infância, oferecido na Universidade de Harvard (EUA). 

 

Mariana Kotscho será mentora de repórteres na fellowship. Ela tem 30 anos de experiência em televisão. 

Trabalhou nas principais emissoras do país, entre elas TV Cultura e TV Globo, onde foi repórter por 12 anos. É vencedora do prêmio Vladimir Herzog de jornalismo, com um programa feito para a Globonews, na categoria direitos humanos. 

Atualmente apresenta o Programa Papo de Mãe, que também é site parceiro do UOL, e se tornou uma referência no país para assuntos ligados à infância.

 

Daniela Tófoli será mentora de repórteres na fellowship. Ela é diretora das marcas Marie Claire, Quem, Crescer, Galileu, TechTudo, Casa e Jardim e Monet, além da área de Conteúdo Digital, na Editora Globo. Membro do Fórum dos Editores da ANJ/Aner. Jornalista especializada nas áreas de parenting, família, comportamento, saúde e educação, com cursos e workshops sobre o tema; palestrante da área de família e maternagem para pais, mães e empresas; colunista semanal da Rádio CBN e autora do blog Mãe de Tween (sobre pré-adolescentes) no site do jornal O Globo e das páginas no facebook e instagram com o mesmo nome. Autora do livro "Pré-adolescente: um guia para entender o seu filho", pela Globo Livros, e do curso online "Como entender o seu pré-adolescente". Graduada em jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, com cursos de Publishing em Revistas pela Yale University (EUA), de marketing para mães pela PME® Entreprises (EUA), de gestão avançada no APG do Amana-Key e de jornalismo feminino pela ESPM. Participou de grandes eventos como Copa do Mundo e os atentados de 11 de setembro pelo Jornal da Tarde e Folha de S. Paulo.


Fellows

 

EVANDRO ALMEIDA JR

Nascido e criado em São Paulo, capital, é um jovem jornalista formado pela FIAM-FAAM. Sempre se interessou por relações internacionais e cobria migrações ainda na universidade, especialmente América Latina e Oriente Médio. Se interessou, estudou e se aprofundou nos temas que rodeiam a temática. Morou no Egito por 2 meses para conhecer os quatro extremos do país pela AIESEC, foi trainee na Galápagos Newsmaking e participou do projeto Google News Initiative na TV Band para produção de conteúdo em vídeo para o YouTube. É membro da Red Latam de Jóvens Periodistas representando o Brasil e atualmente é trainee de Economia no Estadão. Com experiência em digital e TV tradicional, sempre buscou inserir as temáticas de refúgio e migração dando um toque mais íntimo e humano às histórias por meio do MoJo.

Projeto: Vai falar sobre como estão vivendo crianças indígenas venezuelanas Waraos no Brasil, em específico na Paraíba. Na capital João Pessoa há políticas sólidas para a população, em Campina Grande nem tanto. As crianças indígenas venezuelanas Waraos são consideradas extremamente sagradas para a cultura no acompanhamento de tarefas da casa e também do letramento cultural. Em um novo país, com cultura distinta, fechadas em abrigos e vivendo numa cidade, como elas estão? Como está sua educação, sua saúde mental? Com essa reportagem vou buscar entender esses questionamentos e saber como vivem no estado.

Com minha experiência vou utilizar MoJo em sua produção audiovisual para mostrar de forma mais íntima possível os desafios das crianças indígenas venezuelanas Waraos e também de quem faz as políticas públicas voltadas para elas.

JULIANA CAUSIN 

Juliana Causin é âncora e diretora do programa diário sobre economia Dinheiro na Conta no MyNews, canal que é benchmark mundial de jornalismo no YouTube. Jornalista multimídia, graduada pela Faculdade Casper Líbero, tem oito anos de experiência em rádio, televisão e internet. Antes do MyNews, foi produtora da Rádio CBN, no Jornal da CBN, e trabalhou como repórter e apresentadora na Rádio Globo. Na televisão, foi produtora na TV Cultura e na TV Gazeta. Tem interesse em temas relacionados a economia, política, desigualdades, desenvolvimento social e políticas públicas.

Projeto: A pandemia da Covid 19 expôs a dimensão da desigualdade na maior economia da América Latina e da vulnerabilidade de milhares de famílias que vivem na pobreza e extrema pobreza no Brasil. A reportagem vai investigar como os efeitos econômicos e sociais da pandemia atravessaram de maneiras distintas a experiência de crianças brasileiras na primeira infância. 

 O objetivo é entender como o fechamento de escolas e creches, a perda de renda das famílias e aumento da pobreza impactaram a primeira infância no país. O projeto vai trazer o retrato de famílias brasileiras que estão em posições antagônicas na pirâmide social para mostrar como esses contextos distintos atravessaram o trauma da pandemia em crianças nos primeiros anos de vida. Em vídeo e texto, a reportagem busca investigar também como essas diferenças no início da vida podem deixar marcas para desenvolvimento futuro dessas crianças.
 

LOLA FERREIRA

 Lola Ferreira é uma jornalista do Rio de Janeiro e atualmente é repórter na Gênero e Número, primeiro veículo de jornalismo de dados da América Latina focado em questões de gênero e raça. Lola escreve principalmente sobre direitos reprodutivos e sexuais, violência de gênero e educação a partir de uma perspectiva de gênero. Escreveu o "Manual Universa para Jornalistas: Boas Práticas na Cobertura da Violência Contra a Mulher", um guia para repórteres sobre as melhores formas de cobrir o tema no Brasil. Já teve textos publicados no UOL, HuffPost Brasil e Portal R7.

Projeto: O projeto pretende analisar, no contexto da pandemia de covid-19, os efeitos da atuação ou da omissão do único programa federal que conta com visitas domiciliares que podem auxiliar no desenvolvimento infantil, o programa Criança Feliz. Estudiosos já avaliam que o isolamento causado pela covid-19 e a socialização limitados impactarão diretamente tal desenvolvimento, então a reportagem buscará compreender se houve políticas públicas ou orçamento suficiente direcionados  para atender as crianças nesse ano de escolas fechadas. Também será apurado de que forma municípios e famílias têm lidado com a pausa das escolas e as preocupações com o desenvolvimento infantil sem suporte eficaz do Governo Federal.

Atualmente, o Criança Feliz atua em cerca de 3.000 municípios, mas apenas 8% dos brasileiros, de acordo com a Unicef, recebem informações sobre desenvolvimento na primeira infância por meio dos visitadores do programa. A reportagem irá investigar a formação desses profissionais, quais dificuldades impedem a abrangência nacional e o que tem sido feito para levar as visitas a mais crianças. Serão analisados também o orçamento e a divisão dele entre os municípios, de forma a compreender porque mais dinheiro direcionado ao programa (o total em reais dobrou entre 2017 e 2020) não significa mais crianças atendidas.
 

MARTINA MEDINA

Formada pela Universidade de São Paulo (USP), trabalha como jornalista há mais de dez anos, com passagens pelas redações da Rede Bandeirantes, Editora Abril, Folha de S. Paulo e Trip Editora. Atualmente, é colaboradora freelancer no Joca - jornal para crianças e jovens, onde foi editora de conteúdo durante dois anos -, Editora MOL, Portal YAM e Revista Vida Simples. Ganhou a primeira edição do edital de Jornalismo de Educação, da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca) e do Itaú Social, para investigar o transporte escolar em comunidades ribeirinhas na Amazônia. A reportagem especial foi publicada no Jornal Joca em 2020.

Projeto: Analisar a educação escolar indígena na primeira infância durante a pandemia a partir do caso de uma escola municipal indígena de Manaus, no Amazonas. Frente ao isolamento social, a escola aproveitou o conhecimento cultural dos pais das crianças para estimular brincadeiras, contação de histórias, danças, cantos e grafismos indígenas. A família também ficou responsável por aplicar atividades sobre conhecimentos ocidentais entregues em folhas de papel pelos professores nas casas semanalmente. Mas a ausência da interação social, tão cara ao desenvolvimento na primeira infância - e crucial para os indígenas - resulta em dificuldade de aprendizado entre os pequenos, que se veem longe dos professores e dos colegas. Essa desafiadora realidade promete mudar em 2021, com a chegada da vacina e o retorno às aulas presenciais. A reportagem acompanhará, in loco, o retorno às aulas presenciais, bem como a participação da comunidade e do poder público na recuperação do tempo perdido dessas crianças. A pauta incluirá também os impactos da educação à distância no aprendizado na primeira infância nessa escola e no ensino indígena do país, com base em análise de dados e entrevistas.

JESÚS MESA

Jesús Mesa é um jornalista colombiano, coordenador de Newsletter no El Espectador, um jornal nacional colombiano. Por mais de quatro anos, cobriu internacional, especialmente a situação política da Venezuela e a crise da migração na Colômbia.

Em 2019, foi contemplado com a fellowship Rosalynn Carter Mental Health Journalism, pelo seu projeto “Venezuelan Migration: A mental health challenge.” Ele também é fellow do programa da ICFJ  “A Digital Path to Entrepreneurship and Innovation for Latin America.”

 

MARIA MÓNICA MONSALVE

María Mónica Monsalve é uma jornalista colombiana que cobre ciência, saúde e ambiente, com MSc em Climate Change, Development and Policy pela Universidade de Sussex, do Reino Unido. Atualmente trabalha para o El Espectador, segundo maior jornal da Colômbia. Foi vencedora ano passado do prêmio Simón Bolívar, um dos mais importantes da Colômbia.

Projeto: O projeto em dupla de Jesús Mesa e Maria Mónica Monsalve prevê três reportagens escritas que mostram como a pandemia da Covid-19 afetou a vida de crianças, mães e cuidadores na Colômbia. A primeira abordará a insegurança alimentar, decorrente do fechamento das escolas. A segunda focará nas mulheres, mães, chefes de família e seus desafios durante a pandemia. A terceira abordará as crianças imigrantes da Venezuela e a dificuldade para se adaptar a um novo país em meio a uma pandemia. Um pequeno documentário que mostrará as principais conclusões das três histórias será publicado no site do jornal e nas redes sociais.

MAYARA PENINA

Jornalista, dedica seu trabalho à pesquisa e produção de conteúdo sobre mulheres e crianças. Foi editora do Catraquinha e do Portal Lunetas. É cofundadora do Nós, mulheres da periferia e editora da Newsletter Carambola.

Projeto: A proposta da série é analisar as potências e ausências nas áreas de saúde, educação e assistência social a partir das histórias de mulheres e crianças de regiões da cidade de São Paulo, trazendo dados e indicadores de primeira infância dos distritos das entrevistadas. A série de reportagens pretende investigar quais cuidados e direitos deveriam ser dados a essas famílias durante a pandemia, além de trazer vozes de especialistas dos territórios para falar sobre os impactos no desenvolvimento das crianças.
 

MARIANA QUEIROZ 

Repórter da GloboNews e da TV Globo. Trabalha na emissora há quase 15 anos. Tem a experiência de já ter feito matérias para todos os principais jornais da casa. Também participou de inúmeras coberturas importantes, como as tragédias em Mariana e em Brumadinho e a rebelião dos presos em Manaus, em 2017. Em 2019, dirigiu o documentário “Heróis da Lama” para a GloboNews. Nos últimos anos, tem se dedicado a reportagens com temas relacionados a infância, como sub-registro (falta de registro de nascimento) durante a pandemia, a adoção no Brasil e a situação dos adolescentes em conflito com a lei no Rio de Janeiro. É graduada em jornalismo pela PUC-Rio e está finalizando pós-graduação em Infância, Adolescência e Famílias no Instituto de Educação do Ministério Público do Rio.

Projeto: A reportagem vai abordar a situação dos cuidadores durante a pandemia. Afinal, quando falamos de primeira infância é essencial lançar o olhar para quem cuida. Quais foram o impactos emocionais e até econômicos nesses cuidadores? Como esses impactos afetaram a relação deles com as crianças?

É preciso destacar a realidade no Brasil. Muitas famílias formadas apenas por mães que criam seus filhos sozinhas. Há ainda outro elemento importante: as mulheres também são maioria em algumas profissões na linha de frente da covid, como enfermeiras e técnicas em enfermagem. Vamos entrevistar alguns desses personagens e ouvir especialistas que falem sobre esses impactos.

AMANDA RAINHERI 

Amanda Rainheri é uma jornalista brasileira baseada no Recife, capital de Pernambuco, no Nordeste do País, onde vive desde 2013. Trabalhou nos últimos seis anos na cobertura diária de temas relacionados à cidade, política e economia no Jornal do Commercio, o maior da região. Foi na lida diária que descobriu a paixão por temas relacionados aos direitos humanos e à educação. 

Projecto: A pandemia do novo coronavírus chegou a Pernambuco em março de 2020, evidenciando uma série de desigualdades. Para as crianças, principalmente as que estão no período da primeira infância, os impactos são significativos no desenvolvimento. Em 2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou o aumento da fome no Brasil. Em cinco anos, cresceu 3 milhões o número de pessoas sem acesso à alimentação básica, alcançando mais de 10,3 milhões de brasileiros.  O levantamento mostrou ainda que a fome é mais comum em áreas rurais e que quase metade dos famintos vive na Região Nordeste do País. E mais: metade das crianças com até 5 anos tinha restrição no acesso à alimentação de qualidade. Muitos desses jovens só têm acesso à alimentação nas escolas, que tiveram aulas suspensas devido à Covid-19. 

CAMILA SACCOMORI

Jornalista independente, 42 anos, Camila Saccomori atua com produção de conteúdos e projetos para empresas, marcas, profissionais liberais e ONGs vinculadas a temas da Primeira Infância.

Soma 20 anos de experiência no mercado, com reportagem, produção e edição em diversas plataformas (jornal, revista, internet e TV) pelo Grupo RBS, em Porto Alegre/RS. É mestre em Comunicação e Novas Mídias (PUCRS).

Foi bolsista em 2018 do Early Childhood Reporting Institute, do Dart Center for Journalism and Trauma da Universidade Columbia. É mãe da Pietra, de 10 anos, e compartilha informações, novidades e dicas para famílias no perfil @vamoscriar. 

Projeto: Prematuridade e pandemia: a reportagem quer narrar como é a chegada de um bebê agora adaptada a distanciamentos e protocolos sanitários. Vamos falar sobre como estão ocorrendo os nascimentos prematuros durante a pandemia, contar histórias de famílias e os cuidados psicoafetivos em unidades neonatais diante dos atuais desafios impostos pela covid-19 nos hospitais.

VANESSA VIEIRA

 Jornalista graduada pela Universidade Federal de Roraima. Participou do Curso Estado de Jornalismo, do jornal O Estado de São Paulo e Universidad de Navarra. É integrante do Comitê Editorial da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca).

 Atualmente é editora de conteúdo do jornal digital Correio do Lavrado, onde publicou em 2020 série de reportagens sobre os impactos da migração venezuelana nas escolas públicas de Roraima, viabilizada pelo Edital de Jornalismo de Educação, da Jeduca e do Itaú Social.

 Projeto: Com o tema "Desenvolvimento em Refúgio: a vida de crianças venezuelanas na Capital da Primeira Infância", este projeto investigará as condições em que se encontram crianças de até três anos, filhas de refugiados e migrantes venezuelanos que vivem em um alojamento temporário da Operação Acolhida, em Boa Vista (RR).

 A superlotação no dormitório improvisado é um dos reflexos da pandemia do novo coronavírus, que impede a entrada legal e, consequentemente, a regularização migratória dessas famílias no Brasil. Irregulares no País, elas têm dificuldade de acesso a direitos básicos, como alimentação adequada e atividades que estimulem o desenvolvimento infantil. 

MARIANA ZÚÑIGA

Mariana Zuniga é jornalista e produtora do El Hilo, podcast da Radio Ambulante estúdios, onde ela cobre América Latina e Estados Unidos. Graduou-se com honras como jornalista no Institut des Médias de Paris (ISCPA). Obteve depois título de mestre em Violência, Conflito e Desenvolvimento na SOAS, universidade em Londres. Por quatro anos cobriu a crise política e econômica na Venezuela como freelancer. Seu trabalho foi publicado em veículos como The Washington Post, The Guardian e BBC.

Projeto: Este é o pior momento para ser criança na Venezuela. Elas estão perdendo a infância para a incerteza, ansiedade e medo. A situação já era crítica antes mesmo da pandemia, potencializando um problema que já existia. E afastou-as de um dos seus últimos pontos de apoio: a escola.

Desde 2014 tem crescido o número de suicídios de crianças e adolescentes na Venezuela. Mas 2020 foi um marco nessa situação. O projeto mostrará como a pandemia impactou as crianças já afetadas pela complexa crise humanitária. Investigará o crescimento de suicídios e a situação da saúde mental das crianças. E vai explorar o que acontece quando dois problemas, humanitário e uma pandemia, se encontram.